Texto por: Anna Bárbara Tuttoilmondo
Revisão e imagens: Willian Jhonnes
Quatro anos após sua estreia no Brasil ao lado do Korpiklaani e Eluveitie, o Alestorm retornou às terras tupiniquins para a nova edição do Odin Krieger’s Fest – Edição Pirata. A nova turnê do grupo escocês de power metal faz parte da divulgação do novo álbum No Grave But The Sea, lançado pela Napalm Records.
Como é de praxe, as cidades escolhidas para receber o festival foram São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, sendo que essa última foi a primeira cidade da turnê, a qual iniciou no dia 01 desse mês, no John Bull Pub. O evento ainda contou com as bandas Captain Cornelius e Confraria da Costa.
Diversão e pirataria

Iniciando as atividades da noite, os catarinenses do Captain Cornelius subiram ao palco pontualmente às 20h. Vindos de Rio do Sul, Santa Catarina, o grupo formado por Douglas (vocal, banjo e bandolim), Fabrício (flautas), Julio (contra-baixo), Diogo (guitarra), Thomas (bateria e churrasqueira) e Camila (teclado) tem nas bandas Flogging Molly, Dropkick Murphys, The Magones e The Rumjacks suas influências. Tocando alguns covers das bandas citadas, o grupo animou o público presente, que não poupou nos pulos e danças regadas à cerveja e hidromel.
O pique, é claro, aumentou quando foi a vez dos curitibanos do Confraria da Costa se apresentar. A banda, muito popular na capital paranaense, é formada por Ivan Halfon (vocal, violão, banjo, flauta), Luiz Pantaleoni (baixo elétrico, contrabaixo, vocal de apoio), Abdul Osiecki (bateria), Richard Lemberg (violino), Anderson Lima (guitarra), Jhonatan Carvalho (sax e trompete) e André Nigro (percussão).

Conhecidos pelo show animado, a banda teve a segunda apresentação mais longa da noite, perdendo apenas para a banda principal. Na setlist, cantada religiosamente pelo público, não poderiam faltar os já considerados clássicos da banda, como Rússia Reversa, Preparar…Apontar…Fogo, Cantos dos Piratas, e, claro, Canções de Assassinato.
Seguindo o cronograma, enfim era a vez dos escoceses do Alestorm entrar em cena. Por conta de problemas técnicos, a banda acabou atrasando, subindo ao palco às 23h30, trinta minutos após o horário divulgado. Com algumas mudanças na em sua formação, o quinteto atualmente é composto por Christopher Bowes (vocal e keytar), Gareth Murdock (baixo), Peter Alcorn (bateria), Elliot Vernon (teclado), Máté Bodor (guitarra).
Com letras ácidas e divertidas com histórias de piratas, o Alestorm já coleciona uma farta discografia, tendo lançado 5 álbuns desde sua estréia, em 2004. Visivelmente animados, o grupo abriu o show com Keelhauled, do álbum Black Sails at Midnight, de 2009.

O show de aproximadamente 1h30min trouxe os principais sucessos da banda, como Mexico, No Grave but the Sea, Captain Morgan’s Revenge, Shipwrecked, Drink (cujo refrão – “We are here to drink your beer and steal your rum at a point of a gun” – é impossível de não se cantar junto), além de um curioso cover de Hangover, do cantor Taio Cruz. Com um total de 17 músicas em seu repertório, o grupo encerrou a noite com Wenches & Mead e Fucked With an Anchor, essa última cantada à plenos pulmões pela platéia.
Apesar dos problemas de som e a casa apertada para um evento desse tamanho, a Edição Pirata do Odin’s Krieger foi uma boa surpresa sem sair muito da proposta do evento, que ainda contou com os stands de venda de acessórios e roupas do estilo viking e pirata, além do tradicional hidromel.

Bacharel em Jornalismo pela PUCPR, estudante de História – Memória e Imagem na UFPR, curiosa, apaixonada por música, cerveja, viajar e ouvir as histórias das pessoas. Também é editora e jornalista na Revista O Motim.