(Last Updated On: 12 de abril de 2017)

Por: Anna Tuttoilmondo e Willian Jhonnes
Imagens: Willian Jhonnes

Denir - Death Chaos
Denir – Death Chaos

Este seria um sábado como outro qualquer. Uma tarde de clima ameno, sem muita atividade em Curitiba. Bem, seria. Seria se não fosse por um show que só pode ser descrito como indescritível. Era apenas o fim da tarde de sábado, e muita coisa ainda podia acontecer, já que os curitibanos do Death Chaos, os alemães do Divide e os paulistanos do Woslom estavam prontos para botar o 92 Graus, um dos maiores redutos do underground curitibano, abaixo.

O show, que estava programado para iniciar às 16hs, sofreu um atraso bem considerável. Já passavam das 17hs quando o quarteto curitibano subiu ao palco para dar início à pancadaria. Formado por Denir “Deathdealer” Dod (vocais), Julio Bona (guitarra), Edson “Mamute” (baixo) e Fernando “Ueda” Kawata (bateria), o grupo, que lançou seu álbum Prologue in Death & Chaos em 2015, após uma pequena introdução, abriu seu show com You Die I Smile, faixa que também abre o álbum. O público acanhado, formado em grande parte pelos músicos das bandas que tocariam em seguida e fãs do próprio grupo, agitava-se

Denir e Julio - Death Chaos
Denir e Julio – Death Chaos

timidamente. Mesmo com a força e peso demonstrados pela banda, suas marcas características, o público parecia não se animar.

O show continuava, com os curitibanos tocando as faixas do seu álbum, como Death DivisionErased SkyYou Are Not You  e a clássica House of Madness, sem uma interação maior do público, mesmo que este já fosse ligeiramente maior. Nos intervalos entre as músicas, Denir agradecia o apoio dos presentes e, claro, pela oportunidade de dividir o palco com duas excelentes bandas. Ao final do show, a banda apresentou sua nova música, Atrocity on Peaceful Fields, apresentada apenas pela segunda vez. Assim como as músicas do primeiro álbum, esta se mostrou muito forte e, claro, técnica – outra característica da banda. Enfim, o grupo se despediu do público, deixando o palco para os alemães do Divide.

Duniel - Divide
Duniel – Divide

Com quase uma década na ativa, o trio é formado por Duniel Ellington (vocal e guitarra), Moritz Paulsen (bateria) e Nils Köhnken, que recentemente uniu-se à banda, ocupando o posto de baixista. Eles iniciaram o show de forma tímida, com The Abyssal Malice, do seu único full lenght lançado em 2015, Messiah of Mutilation, seguida de Lazarus Pit, do EP homônimo lançado em 2016. Em pouco tempo o público começou a se soltar (e não foi por falta de peso da banda, que é muito boa, aliás) ao decorrer do show, que prosseguiu com a música Warhead.

O grupo, que a essa altura já estava mais à vontade, agradeceu a todos pela hospitalidade (e pelas cervejas, é claro) e continuou com Angel Dust, Mortification of the Flesh e Numinous Stillbirth, as duas últimas do Messiah of Mutilation.

Para encerrar, o guitarrista Rafa Iak (Woslom) juntou-se aos alemães para agitar o 92 Graus com Evil Dead, um

Divide e Rafa Iak
Divide e Rafa Iak

cover em homenagem ao eterno Death, e o público foi à loucura, quase colocando o bar abaixo. Por fim, o trio executou Messiah of Mutilation, para mostrar que, sim, essa banda merece o nosso respeito. Nossa primeira impressão do Divide não poderia ser melhor: peso, técnica, profissionalismo e muito carisma. E há de de ressaltar que esta foi a primeira vez que eles vieram à América do Sul.

Enfim chegava a vez do Woslom, para encerrar o evento em grande estilo. Além de Rafa Iak, Silvano Aguilera (vocal e guitarra), Andre Mellado (baixo) e Fernando Oster (bateria) integram o quarteto, que já acumula bons anos de estrada e representa

Silvano - Woslom
Silvano – Woslom

muito bem o metal nacional. O grupo, que após sete anos retorna a Curitiba, iniciou a apresentação com Underworld of Aggression, do último álbum – A Near Life Experience -, seguida pela faixa título e, logo de cara, empolgou o pequeno público presente.

O show continuou com Unleash Your Violence, Beyond Inferno e Purgatory, cada uma de um álbum da banda, respectivamente. O grupo encerrou o show com as ótimas Pray to Kill e Time to Rise.

Infelizmente, por conta do tempo apertado e os atrasos que ocorreram no inicio, o show teve que ser encurtado, o que deixou os presentes com um “gostinho de quero mais”. Após tantos anos, é uma pena que o

Woslom
Woslom

Woslom tenha sofrido esse desfalque. No entanto, pudemos aproveitar, mesmo que por pouco tempo, três ótimas bandas, formadas por pessoas humildes e atenciosas com o público, nos mostrando que a nossa cena anda muito bem, obrigada.

Aguardem! Em breve serão disponibilizadas as fotos do evento.

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